6.2.07

Ciência divertida?

Ciência divertida?

O Sr. Ministro da Ciência e Tecnologia não acha, não acha que a ciência possa ser vivida, experimentada e desgosta que seja incrementado o gosto pela ciência junto dos mais novos de uma forma divertida.

Porque é que a ciência não pode ser divertida? Porque nunca ofereceram ao Sr. Ministro Mariano Gago um microscópio quando era infante ou jovem e só veio a descobrir a ciência no meio de um laboratório poeirento e cheio de calcário nas provetas...Nunca passou por uma experiência de educação informal, por isso desgosta de tudo o que não experimentou!

Aliás, por vontade do Sr. Ministro da Ciência e Tecnologia, no meio das suas birras doutas "ex catedra" (veja o que se passou com o folhetim do MIT e que deixou o nosso país muito bem visto!), La Villette, o Futuroscope, o Pavilhão do Conhecimento legado pela Expo'98 ou qualquer parque tecnológico por esse mundo fora nunca seriam construídos, porque isso não é forma de passar o conhecimento científico entre as crianças e os jovens, em sua opinião e dinheiro todo muito mal gasto. Ainda para mais, influencia os seus parceiros do governo, designadamente da Educação, para que tal não aconteça no apoio das actividades extra-curriculares e à razão da celebração de protocolos com entidades externas, privadas, que o sabem fazer bem e aí investem capital porque tem uma mais valia realizada e provada.

É por isso que se aprouver a Deus, ao Diabo e a todos os santinhos do universo religioso que possam influenciar os astros, este senhor nunca seja administrador da Gulbenkian ou mandaria encerrar o Planetário em Belém, já que proibir o seu funcionamento seria então o verdadeiro atentado à razão e à iniciativa privada de quem alguma vez fez alguma coisa de jeito num país que olhava para o chão. E foi naquela altura, senhor ministro!

O mundo empresarial e do marketing está a viver uma revolução de comunicação que passa pela experimentação: testar, fazer as pessoas experienciarem coisas novas, novas sensações e emoções, fazer com que as pessoas não tenham receio de experimentar, sentir, viver e olhar o mundo de uma maneira diferente. Por isso sugem iniciativas virtuais tipo "second life" e tem a expansão por esse mundo fora, graças a visões bem mais diferenciadas que aquela. Não, para aquele senhor tem de ser tudo cinzento, para não dizer negro da cor do carvão!

E porque não a ciência divertida para as crianças e os jovens? Será que não iriam gostar melhor das ciências e dos seu benefícios para a nossa qualidade de vida? Veja-se o insucesso da matemática e como alguns professores se esfolam para inverter este ciclo vicioso das jogadas para pontuações negativas já antes de se iniciarem os ciclos lectivos...Valham as iniciativas destemidas de alguns municípios que acreditam nestas formas diferenciadas de aprender e que darão outros frutos no futuro.

Por isso é que assim que se apanham lá fora, os "cérebros" nem sonham em voltar para cá, perante incentivos destes!

Enfim, Galileu continua a revirar-se no seu túmulo, passados uns séculos, tanta é a bestuntice colocada "in actu" e a dizer "e no entanto ela(terra) move-se!". O que foi ele senão um inovador, um experimentador e um visionário?

Viva a ciência divertida e vivam as formas inovadoras de aprendizagem!

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