7.2.07

Poder da luva - indicador

Poder da luva - indicador

Ditados populares há aos montes e cada um mais indicado para estas ocasiões, escusado será dizer que o "tuga" nestas coisas é mestre e senhor!

Sabemos que não se aponta que é feio, pois podem crescer verrugas nas pontas dos dedos...mas convém lembrar que "Um dedo aponta e 3 viram-se para o apontador", "cedo apontarás e mais tarde amargarás", entre tantos outros, numa espécie de prestidigitação da portuguesa mafiositá.

O encolher de ombros e o circo montado em torno do mais recente escândalo da Carolina Salgado, como que a dizer, "isto não vai dar em nada", faz pressupor que todos sabíamos mas de nada servirá fazer-se de santinha, agora que se lhe quebrou o "filão de ouro", ou melhor, o "Dragão de Ouro". E valha a justiça, apesar de alguns adeptos do clube se manifestarem indignados com certos fenómenos duma certa "institucionalidade" e provocação em torno da figura do seu presidente, a verdade é que as coisas foram andando, en passant, como se nada fosse com ninguém neste país do poder da luva.

E uma das verdades do poder da luva é esta: de alcova, deve saber muitas mais estórias de folhetim de cordel que não conta; porém, esquece-se a Carolina Salgado que em tempos foi conivente com o status quo enquanto lhe foi conveniente apontar o dedo a outros. Mas um velho ditado latino dizia e muito bem, "conseguimos ver a marreca dos outros e não vemos a nossa", outros contavam que "vemos o argueiro no olho do semelhante e não vemos a trave à nossa frente", para não cansar mais com ditados, um final, "vemos o saco das falhas e erros dos vizinhos às costas dos outros e nunca vemos o nosso".

No meio de segredos e segredinhos que vamos vivendo a propósito desta hipocrisia do segredo de justiça, cujo principal prevaricador é o próprio "agente" da mesma, seja ele qual fôr (nunca se quis saber quem era nem há notícias de punição severa sobre algum prevaricador, o "indicador" do poder da luva vai vivendo pimposa e airosamente neste portugal dos pequeninos, ali homenageado em Coimbra com casinhas à nossa medida e tudo a preceito...

Quantas estórias mais precisam de vir a lume, paixões e paixonetas, ciúmes e desmandos para nos convencermos que a justiça é lenta, cega, "visgolha" e mirone e só não vê quem não quer o que deve ser visto sobre o poder da luva e o indicador?

Como dizia um colega meu, "antes que outros falem, faço um arraial de barulho que ensurdeço todos e a coisa parece menos danosa" e outra máxima da mesma autoria, "falem mal mas falem de mim".

Moral da história: enquanto andamos todos entretidos sobre quem anda na festa, quem deita os foguetes, paga aos gaiteiros e no meio do barulho das luzes, os destemidos agentes do poder da luva vão mostrando o indicador, ora para aqui e ora para ali, para distrair a arraia miúda.

No reino do poder da luva, "Com papas e bolos, se enganam os tolos" e não há indicador que lhe assista!

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