Assadores de castanhas
Uma das técnicas especializadas dos assadores de castanhas é precisamente dar um golpe na sua casca para não estalar e saltar em qualquer direcção durante a assadura.
A experiência de vida deveria ser traduzida na realidade política e na relação com as pessoas, mas é esquecida sobejas vezes, a título de exemplo, veja-se o recente acontecimento da grave dos camionistas, ainda no rescaldo. A inépcia do Governo do Senhor José Sócrates primou pela arrogância do silêncio e da paralisação, sem actuação à altura de uma postura de estado. É nestas alturas que se vê quem governa ou não e que deveria dar a cara para encontrar soluções. A bem do povo e da nação, deveria ser o seu lema; "os políticos lá se vão governando", é o que o povo diz porque sabe, porque sente na pele que lhe arrancam pedaços no dia-a-dia, passados a álcool em loção de suavizar as penas.Onde estava o Senhor José Sócrates e os seus esbirros agora, a fazer frente e face a face, perante aqueles motoristas que fazem mover a economia sobre rodas? Estes não devem os seus lugares e o seu trabalho aos favores políticos, nem se encontram sob as ameaças de pretensas reformas do poder político, qual espada de Démocles sobre o pescoço de funcionários públicos, professores e outros que são calados quando o estertor da falta de condições de vida lhes bate à porta.A incompreensão da realidade dos motoristas de curso nacional e internacional, levou ao extremar de barreiras e a criar barricadas; a própria Associação ANTRAN prescindiu de fazer o seu papel, porque é representativa dos "grandes". Porquê? Simples e complexo: simples porque quem formou os piquetes foram os pequenos empresários, uma malha de inúmeros motoristas, que são proprietários de tractores e reboques, subcontratados pelas empresas de transportes, a braços com os leasings e as despesas, esmagados pelo peso de ter algum trabalho para fazer; complexo, porquanto a realidade da caída do poder no retalho dos pequenos, os motoristas que não se reviam nas posições da ANTRAN, levou à insustentabilidade política e económica, à situação de prisioneiro e refém da inércia de um ministro afirmar que "estava à espera do libelo dos piquetes de greve". O saldo final quase levou a uma guerra civil, perdendo-se uma vida e havendo outros com recordações na carne.Aprenderam alguma coisa? Sim, podemos constatar que resistiram à tentação de mandar os polícias e GNR bater nos motoristas.Deveriam ter aprendido mais? Sim, quando lhes faltasse o pão à mesa, como já acontece a muitos portugueses com fome e miséria instalada em casa (a tuberculose está a aumentar, sabe o que isso significa, Senhor Primeiro Ministro José Sócrates?)Valeu o preço? A perda de uma vida está para além de qualquer argumento falacioso.Limpem agora o sangue que está derramado sobre as vossas cabeças e a responsabilidade de ministros ineptos, cuja opção pela fuga já habituou os portugueses, seguindo exemplos de anteriores executivos e tenham a hombridade de se demitirem, pois não deixam saudades!Saiam de cabeça erguida, ainda e enquanto puderem, já que de memória para os portugueses, deixam um rasto de destruição silenciosa do país!
Semeiam ventos, hão-de colher tempestades: a borrasca só agora começou!
Semeiam ventos, hão-de colher tempestades: a borrasca só agora começou!
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