11.7.07

Eleições - Lisboa

A perda de tempo de debates eleitorais inócuos foi surprendida por uma tertúlia de pensadores no Clube de Imprensa e ficaram algumas ideias positivas, em contraponto dos bê-à-bás eloquentes e vazios dos prelectores políticos.

As ideias de habitat, soluções de mobilidade, vida com valor acrescentado e mais valia para a vida dos habitantes de Lisboa e da Região Metropolitana de Lisboa surpreenderam pela positiva.

Mais uma nota dominante, foi o debate decorrido sem interesses eleitoralistas, com elevação e
a apontar horizontes de resolução para a cidade com mais interesse que a maioria dos candidatos a gladiadores.

E não se pense que os interlocutores eram mais etiquetados daqui ou dali, mais à esquerda ou à direita, em efeitos simplistas desculpabilizantes do "dolce fare niente" curriqueiro...António Mega Ferreira, Augusto Mateus, Graça Dias e Sérgio Tréfaut expressaram horizontes de memórias futuras para quem quer as linhas de consistência de urbanidade e civilização, nesta era dos descobrimentos do Leste da Europa e da globalidade aqui tão perto.

Para lá dos apupos e dos insultos surdos aos eleitores, que nos habituam ao desencanto do campeonato de freguesias, vale a pena reunir um conselho de estrategas para a cidade e pensar num plano de desenvolvimento a 50 ou 100 anos, pensando de frente para trás e nos saltos que é preciso dar

"Grande demais para o país e pequena demais para a Europa e para o mundo", foi a assinatura de um programa eleitoral para Lisboa com letra grande, em que a cidade se viu dignificada.

Se nos deixarmos de patranhas e milongas, deixaremos de rir ao ouvir frase, que nada adiantará dentro de poucos dias: "Se houvesse mais Zés, Lisboa era a 8ª maravilha do mundo".

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